A Secretaria Municipal de Educação, por meio do seu Serviço de Psicologia, divulga orientação importante neste período de desafios Aspectos emocionais e psicológicos das crianças durante a pandemia de COVID-19 Imagino que a pandemia do COVID-19 aumentou as suas preocupações. Nós, enquanto sociedade, ficamos mais ansiosos diante de tantas notícias trágicas que vimos nos jornais e, até mesmo, na nossa comunidade. Passamos a lidar com o risco de contrairmos um vírus com potencial de causar morte (tanto a nossa própria quanto a de entes queridos), além do medo do desemprego, das dificuldades financeiras, dos conflitos familiares que surgiram com o aumento da convivência nos períodos de isolamento, entre tantas outras questões que têm nos afetado. Quem estava ao nosso lado, vivenciando tudo isso? As crianças. Muitas vezes, observando caladas as preocupações dos adultos. Outras vezes, manifestando suas angústias por meio do comportamento, com choro frequente, dificuldade em seguir regras e rotina, indisciplina e outros comportamentos que consideramos um problema. Então, fica a reflexão: Para a criança, qual o papel da escola? Mais do que o espaço onde se aprende conteúdos, a escola é palco de interação, de vínculo, de afetos. Ali, a criança é protagonista. A rotina escolar é planejada para oferecer bem estar e contribuir com a formação de futuros cidadãos. Assim, fica claro que a pandemia de COVID-19 trouxe prejuízos ao desenvolvimento psicológico, social e emocional infantil. Considerando que as autoridades de saúde estão avaliando como e quando ocorrerá o retorno às aulas presenciais, precisamos agir para diminuir os prejuízos à infância. Por isso, seguem algumas orientações e dicas aos responsáveis que podem ser aplicadas neste momento: Faça acordos com a criança sobre o tempo de uso de telas (como celulares e a televisão) e fique atento ao conteúdo que a criança acessa. O uso de telas em excesso prejudica o sono, além de deixar a criança exposta a conteúdos que ela pode não estar preparada para lidar;Tempos de mudanças na sociedade costumam provocar medo, ansiedade, raiva, preocupação, entre muitas outras emoções e sentimentos. É comum que a criança se manifeste por meio de alterações de comportamento enquanto ainda não aprendeu a comunicar o que sente. Por isso, é papel dos adultos ajudar a criança a identificar como está se sentindo e oferecer acolhimento até que ela aprenda a lidar com o que incomoda.A escola segue uma rotina, o que contribui para que a criança consiga se organizar no tempo. Por isso, procure manter horários fixos, na medida do possível, para que a criança faça as tarefas, durma, acorde e se alimente;As crianças têm a capacidade de observar as dificuldades que acontecem ao seu redor e precisam de esclarecimentos sobre isso. O melhor caminho é sempre dialogar, com postura acolhedora e linguagem clara, com o objetivo de informar e oferecer segurança.Facilite a aprendizagem por meio das experiências do dia-a-dia. Por exemplo, propor à criança que ela tenha um diário auxilia tanto a aprender a escrever quanto no conhecimento das próprias emoções. Seguem figuras a serem recortadas com emoções e expressões faciais, que devem ser utilizadas para facilitar a comunicação com a criança e ajudá-la a expressar o que sente. Pratique com seu filho! Sempre que tiver dúvidas, não hesite em nos procurar na Secretaria Municipal de Educação, via telefone 3341 9028. Anycleia Pereira – Psicóloga – CRP 04/43885
Caxambu